O POPULAR EM DEMANDA
(AMARAL, Amadeu, 1875-1929, Tradições Populares; com um estudo de Paulo Duarte. 2.ed. São Paulo, HUCITEC, secretaria da cultura, ciência e tecnologia, 1976.)"Tem-se discutido a significação do qualificativo "popular" em matéria de cantos e outros produtos folclóricos. para uns, "popular" é tudo quanto corre entre o povo, mais ou menos anonimamente. Para outros, é aquilo que é produzido pelo próprio povo, ou melhor, feito por pessoas do povo e adotado por este. Alguns fazem uma distinção entre "popular" e "popularizado" entendendo por "popular" o produto do povo e por "popularizado" o produto culto que o povo recebeu e adotou."" Qualquer desses critérios, aplicado à realidade dos fatos, falha imediatamente. O primeiro peca por demasiado largo. Admite, por exemplo, no mesmo pé, a velha cantiga de berço espalhada por todo um país, repetida por gerações e gerações, e a última modinha inspirada numa ária de ópera ou num "fox-trott" norte americano, que surgiu e se propagou momentaneamente num determinado lugar. Esse critério deixa as coisas em completa confusão, e nada adianta desde o momento que se quer ver as coisas de perto e discernir uma das outras.""O segundo é apenas um pouco menos vasto, mas não caracteriza melhor o fato. há produtos tradicionais, que todo um povo repete, e que já ninguém pode saber se nasceram no seu seio ou se foram importados, se foram compostos por um indivíduo culto ou por um indivíduo anônimo da massa. A questão da autoria é secundária no caso. É claro que todos os produtos têm um autor individual; mas quando se trata de criações antigas, é quase sempre insolúvel a questão de saber quem seria esse autor, ou sequer de saber a que classe de gente teria pertencido. (...)"
Que é que se deve entender, então, por "popular" ? É impossível estabelecê-lo com absoluto rigor, mas pode-se tentar uma aproximação segura, menos vaga, menos falha do que as definições correntes. Quais seriam?
Popular? É claro que o que a palavra popular vem de POVO, mas penso que a arte popular é aquela que nasce do âmago do verdadeiro ser humano, sem intelectualismos, sem farsas, sem etiquetas. Simples,assim! O povo é simples. A manifestação popular é simples e verdadeira. Por isso é tão bela.
ResponderExcluirDesculpe ter postado meu comentário como Marina Fraga, mas é que não me acostumei a usar estas modernidades de computador.
ResponderExcluirMinha mãe linda!!!!Obrigada pelo comentário, pela participação, pelo apoio, pela ajuda, Pela Ana Crabina, que não existiria sem você! Te amo mãe!
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