domingo, 9 de junho de 2013

Entrevista com Ariel Florian, ex - membro do grupo Cascalho de Mucugê.

Ariel Florian e Marina Fraga contracenando em Perdidas Ilusões - Mucugê - BA - 2009

Cordel Andante - Fale um pouco de você. Quem é Ariel Florian e qual sua relação com a arte.

Ariel Florian - Bem, Ariel Florian Anselmo Salinas é um argentino de 18 anos, nascido em Buenos Aires, mas que foi morar no Brasil com seis anos de idade, na Bahia mais precisamente.
Morei sempre em cidades turísticas devido a minha primeira relação com a arte que é o oficio do meu pai: O artesanato.
Fazemos sandálias, bolsas e cintos artesanais de couro, montados e pintados a mão.
Minha segunda relação com a arte vem pela parte da musica. Minha mãe é instrumentista, toca vários instrumentos e eu herdei um pouco desse "talento”, porem ate agora só me desenvolvi com o violão mesmo. (rsrsrs)
E a terceira, que não é tão acentuada vem do teatro, tendo participado de três peças escritas e dirigidas por Marina Fraga.

C.A. - Como você ingressou no grupo de teatro Cascalho, e como foi essa experiência pra você?

A.F. - A primeira vez que participei de uma apresentação com o grupo foi em uma peca temática no dia dos namorados, com recital de poemas e onde eu e outro amigo que também toca violão, fazíamos o acompanhamento musical.
Foi uma experiência muito legal, me ajudou a desenvolver uma parte minha que estava meio "encalhada”; a vergonha de lidar com o publico, o que para um musico não é nada bom. (rsrsrs)

A segunda foi muito mais intensa do que a primeira, já que fui um dos protagonistas da peca.
Tivemos muito mais ensaios, e o trabalho do grupo foi muito maior.
E o resultado foi muito surpreendente também.
A peça da “Ana Carabina” foi a minha primeira peça realmente.
Onde pela primeira vez atuei em publico
Por isso foi tão intenso, por que foi algo novo.
E para primeira apresentação já foi uma grande responsabilidade, pois foi apresentada na rua e durante o são João tradicionalíssimo de Mucugê com um público considerável.
Apesar do grupo ter enfrentado varias dificuldades como a falta de atores as vezes,ou falta de experiência da maioria dos participantes e do nervosismo na hora da apresentação,pelo menos da minha parte (rsrs),ocorreu tudo bem. Fomos muito elogiados! (rsss)
C.A. - Me fale mais sobre esse sentimento de apresentar na rua, para um publico grande, e que inevitavelmente acaba interferindo no espetáculo.

A.F. - Apresentar na rua, penso eu, é bem mais difícil de lidar com o publico do que em um palco. Porque você esta ali no meio das pessoas, então ignorar a presença delas se torna mais difícil. Então acaba interferindo mais no espetáculo e nos estado dos atores.

C.A. - Você acha que essa experiência ficou para a sua vida? Você diria que o teatro foi transformador pra você?

A.F. - Com certeza! Aprendi varias coisas com o teatro e com os colegas do grupo. Coisas que carrego ate hoje. Acho que todos deveriam passar por uma experiência assim, de convivência, de trabalho em grupo e de lidar com o publico.

C.A. - Você não poderá assistir a montagem profissional do espetáculo, por morar atualmente na Argentina, mas me diga como se sente com relação a isso? Você não ficará curioso?
A.F. - Muito! Devem ter mudado algumas coisas e também por que cada ator deve ter sua maneira de incorporar a personagem. E nunca vi a peca como um espectador, gostaria muito de poder vê-la dessa perspectiva.

C.A. - Muito obrigada pela sua entrevista


A.F. – Que é isso. Obrigado vocês. Foi Um prazer relembrar o Cascalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário