terça-feira, 14 de maio de 2013

  
 ARMORIALIDADE

     A arte armorial brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos "folhetos" do romanceiro popular do nordeste (literatura de cordel), com a música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus "cantadores", e com a xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das artes e espetáculos populares com esse mesmo romanceiro relacionados.

(Citação de Ariano Suassuna no livro Em DEMANDA DA POÉTICA POPULAR de Idelette Muzart Fonseca dos Santos)

 Melhor exemplo do que este no link abaixo, para referenciar o movimento "sem manifesto" que despontou na cidade de Recife, considerada a capital nordestina? Antônio Nóbrega é uma recorrente referência no embasamento teórico do espetáculo "O Casamento da Filha de Ana Carabina e Outras histórias", juntamente com outras figuras, cuja produção artística e/ou literária, é imprescindível para uma compreensão maior do que vem a ser a cultura popular, de quais são as suas influências, do que a caracteriza, mas também do que contribui para a sua amplitude, afinal, falar é simples, mas compreender a vastidão do que é considerado como cultura popular brasileira, hoje, com tantas influências estrangeiras já arraigadas em nós, e muitas vezes  fundida ao que já era nosso, não é tarefa simples. 
 Para puro deleite dos que amam a música brasileira, dos que, como eu, se emocionam com o coração surpreso por se reconhecer numa representação artística  por se sentir parte do mosaico, fica aqui o link da interpretação de Antônio Nóbrega de O Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa, "O Romance de Riobaldo e Diadorim", com direito a aplausos ao final da apresentação. Vale a pena conferir!

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